“Queremos uma Académica dos sócios e para os sócios”

Diário de Coimbra Quais as razões que o fizeram candidatar-se ao Conselho Académico?Flávio Imperial Somos uma candidatura de continuidade. Nas últimas eleições, em que apenas se perfilou uma lista para os orgãos sociais da Académica, o nosso projecto achou que devia ter uma palavra que era sobretudo para representar os sócios e o que achamos que a Académica deve ser que é um clube dos sócios e para os sócios. Nessa altura surgiu a lista “Orgulhosamente Nós” que concorreu ao Conselho Académico porque as pessoas da lista não tiveram capacidade para concorrer à Direcção do clube. A votação que tivemos foi uma surpresa grande, pois recordo que em 20 conseguimos eleger nove pessoas com uma candidatura independente. Penso que desenvolvemos um trabalho bastante assinalável e interventivo em to­das as reuniões do Conselho Académico. Criticámos quando achámos que o caminho da Direcção não era o cor­recto. Questionámos quando tínhamos dúvidas de alguns propostas da Direcção. Mas também apoiámos, inclusivamente recordo que, quando foi a questão da demissão de Paulo Almeida, acabámos por aceitar a cooptação do Pedro Roxo como presidente. Demos o nosso aval consultivo nessa decisão. Estivemos na génese da criação da “Missão Briosa” que pretendia fazer reverter a venda da Sede dos Arcos. Foi algo com que nunca concordámos e, apesar de ter sido um negócio legal, achamos que eticamente era um negócio reprovável e que, pelo valor e pe­la forma como a negociação decorreu, não servia o interesse da Acadé­mica. Essa “Missão Briosa” não teve o apoio que devia ter tido por parte da Direcção e acabou por não atingir o fim que se pretendia que era reverter ou não ter de fazer a venda da Sede dos Arcos. Somos um grupo de pessoas que gostam da Académica, que gostam de pensar a Académica e que acham que têm algo a dar, ou a continuar a dar, em prol de uma Académica dos sócios.