O Beira-Mar venceu o Carregosense, ontem, por 2-1, e selou as contas do “Distrital” de Aveiro: título conquistado com cinco jornadas por disputar e subida aos “nacionais” consumada com mérito. Num jogo com corações a bater nas bancadas, gestão e controlo emocional no campo, especialmente, no segundo tempo, o Beira-Mar fechou a época com a festa anunciada. Pedro Aparício, com dois golos, foi o homem do jogo, coroando uma boa exibição colectiva no tempo inicial, perante um adversário que nunca se “acanhou” e discutiu o resultado até ao fim. Já com o resultado do lado do Beira-Mar, depois de Aparício assinar o “bis” no melhor período “auri-negro”, o Carregosense chegaria ao golo de honra merecido nos descontos, mas que não afectou as contas “auri-negras”. Nas bancadas, a festa já se desenhava, “abençoada” pela chuva que não impediu a “explosão” com o apito final. O apito final da travessia do Beira-Mar pelo futebol distrital.
O Beira-Mar está em festa com o selo da sua militância, “vestido” de povo desde a Carregosa até Aveiro, na quinta-feira da liberdade que, ainda hoje, é celebrada. “Campeões, campeões, nós somos campeões!”, também foi (e continuará a ser até ao fim da época) ecoado pelos apaniguados beiramarenses. A plenos pulmões, com a alegria contagiante de quem apregoava que “esta paixão não cabe nesta divisão” e que “distritais, nunca mais!”. Ontem, as “pontes” receberam a equipa campeã distrital em festa e até S. Gonçalinho foi convocado para participar, num sinal claro da ligação do clube às raízes e à história. No seu ambiente natural, na Beira-mar, a praça juntou-se às pontes como um grande “salão” das celebrações “auri-negras”. Hoje, como ontem, o Beira-Mar junta sócios, adeptos e todos os aveirenses em geral, apontando o caminho da comunhão que, na próxima época, é importante para alicerçar o novo patamar: o Campeonato de Portugal.