Quando estamos concentrados numa tarefa, temos de “lutar” contra uma série de distracções e essa capacidade de “inibir o que não interessa” diminui com a idade. Por outro lado, todos nós temos os nossos padrões de sono/actividade, uma tendência para ser mais ou menos eficientes cognitivamente em diferentes horas do dia - para ser mais matutinos ou vespertinos. E essas “más horas” do dia podem ser mais uma desvantagem para o desempenhos cognitivo dos seniores. Separar o efeito destes factores na atenção é um dos principais objectivos do estudo que está a ser desenvolvido pelo Laboratório de Memória, Linguagem e Funções Executivas (LMFE) da Faculdade de Psicologia e Ciências de Educação da Universidade de Coimbra (FPCEUC) e que conta com financiamento da Fundação Bial para apoio à investigação científica.«Pretendemos estudar a hipótese de que, pelo menos parcialmente, a redução na capacidade de “inibir o que não interessa” associada ao envelhecimento, se deve a um maior prejuízo sofrido pelas pessoas mais velhas quando executam tarefas que exigem esse tipo de inibição nas horas do dia mais desfavoráveis a bons desempenhos», refere o investigador José Augusto Leitão, acrescentando que «os mais jovens seriam menos sensíveis a esse efeito das “más horas do dia”».
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