Maria Luísa, de 72 anos, e Vítor Machado, de 73, ainda são do tempo em que o Bairro de Celas atraía gente de vários pontos da cidade para as suas fogueiras de S. João, do tempo das festas no clube, dos convívios e passeios de «uma grande família». Ele, salatina, chegou com dois anitos vindo da Alta, ela, de mais perto, veio para o bairro há mais de meio século. Apesar de já não ter a dinâmica e o espírito comunitário de outros tempos - há cerca de 30 casas fechadas -, não trocam o Bairro de Celas por nenhum outro sítio. Foi com grande alegria que ontem - tal como hoje voltarão a fazer - abriram as portas da sua casa para acolher o espectáculo criado pelo Teatro Experimental do Porto (TEP), no âmbito do projecto de intervenção sócio-cultural “Rede Artéria”.
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