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Venezuela: Equipa de direitos humanos das Nações Unidas vai visitar o país


Sexta, 08 de Março de 2019

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos vai enviar uma equipa de cinco pessoas à Venezuela para se reunir, nomeadamente, com "vítimas de violações dos direitos humanos", anunciou hoje a organização. Esta "missão técnica preliminar", que acontecerá de 11 a 22 de Março, tem por objectivo preparar uma possível visita da alta comissária, a chilena Michelle Bachelet, que foi oficialmente convidada pelo Governo venezuelano em Novembro, segundo um comunicado do organismo da ONU.

A missão deverá "garantir que a Alta Comissária tenha livre acesso às pessoas e aos lugares que deverá visitar para obter uma ideia clara da situação dos direitos humanos no país". "Durante sua visita, a equipa vai reunir-se com representantes do Governo, representantes da Assembleia Nacional, organizações da sociedade civil e vítimas de violações de direitos humanos", indicou o comunicado.

A equipa vai viajar para Caracas e outras cidades em vários estados venezuelanos. O Alto Comissariado afirmou que "nos Estados onde o Escritório das Nações Unidas para os Direitos Humanos não está presente, é costume enviar uma missão técnica preliminar antes da possível visita de um Alto Comissário”.

Esta semana, Bachelet disse em Genebra que a crise política, económica e social na Venezuela foi "exacerbada pelas sanções internacionais".

Vinte anos após a chegada ao poder de Hugo Chávez, que morreu em 2013, o seu sucessor, Nicolás Maduro, enfrenta uma grande contestação liderada pelo líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó.

A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de Janeiro, quando Juan Guaidó, de 35 anos, se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.

Guaidó, que contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e outros países como Portugal, prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.

Nicolás Maduro, 56 anos, no poder desde 2013, recusou o desafio de Guaidó e denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.


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