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Venezuela: Guaidó regressa hoje e convocou manifestações em todo o país


Segunda, 04 de Março de 2019

Os apoiantes do autoproclamado presidente interino da Venezuela manifestam-se hoje por todo o país, no dia em que Juan Guaidó é esperado de regresso após uma ronda por cinco países latino-americanos.

A coligação de partidos contrários ao Governo do Presidente Nicolás Maduro, a Mesa da União Democrática (MUD), divulgou através das redes sociais dezenas de convocatórias para concentrações hoje nos 23 estados do país e na capital.

Estes apelos surgiram horas depois de o próprio Guaidó, reconhecido como presidente interino por meia centena de países, anunciar no domingo que regressaria hoje ao país, após visitar a Colômbia, o Brasil, o Paraguai, a Argentina e o Equador, numa ronda de 10 dias na qual foi recebido com honras de chefe de Estado. “Anuncio o meu regresso ao país. Peço ao povo venezuelano que se concentre, em todo o país, amanhã [segunda-feira] às 11:00 [15:00 em Lisboa]”, escreveu Juan Guaidó na sua conta no Twitter no domingo.

Apesar de as manifestações de hoje estarem marcadas para as 11:00 locais, não é certo a que horas Guaidó chegará ao país. O líder da oposição contornou a proibição de saída do país decretada pela justiça venezuelana por estar em curso uma investigação relacionada com a sua autoproclamação como presidente interino.

Ao regressar à Venezuela hoje, Guaidó enfrenta a possibilidade de ser detido por ter desobedecido a uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça, órgão que a oposição venezuelana considera ilegal e acusa de só servir os interesses de Maduro.

O Governo brasileiro defendeu no sábado que Juan Gaidó deve poder regressar à Venezuela sem incidentes e sem violações dos seus direitos. A posição do Brasil coincidiu com outra da União Europeia, cuja Alta Representante para a Política Exterior, Federica Mogherini, declarou no sábado que qualquer acção contra “a liberdade, segurança ou a integridade pessoal” do líder da Assembleia Nacional da Venezuela “representaria uma grande escalada de tensões e mereceria a firme condenação da comunidade internacional”.


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