“Um dia de festa com os amigos, como todos nós gostamos de ter!”. Susana Conceição, assistente social e responsável por uma unidade residencial, coordenava a participação de cinco utentes da Associação do Porto de Paralisia Cerebral, que ontem puderam assistir ao Corso que encerrou a edição deste ano do Carnaval de Ovar, culminando cerca de um mês de um evento com uma programação com mais de 30 iniciativas, incluindo o repescar de eventos de há 60 anos, como o Baile de Máscaras.
A responsável explicou que, quando chega a hora de alinhavar o “programa de cultura e lazer da instituição”, os utentes “sempre” fazem incluir no documento uma vinda à folia vareira.
“Não é melhor nem pior pior do que os outros – só que é o nosso, genuíno, sem copiar ninguém”, vincou Salvador Malheiro, o presidente da Câmara, explicando a popularidade deste Carnaval. Realçou que os cortejos de domingo e terça-feira são “o culminar” de uma grande realização que é vivida pelos milhares que se envolvem nos grupos e na organização durante quase todo o ano e “em clima de alegria”.
Os 24 agrupamentos - 14 grupos carnavalescos, seis grupos de passerelle e seis escolas de samba - que se apresentaram nos desfiles de domingo e de ontem, e que participaram em outros momentos da programação, casam a vivacidade dos muitos jovens ovarenses arregimentados com os mais velhos, guardiões de uma tradição que vem de 1952, ano em que começaram os cortejos. Mas os primórdios do entrudo vareiro vêm do século XIX.
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