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Syn.Tropia é uma sinestesia de dança que se ouve e de música que se sente


Adérito Esteves Quarta, 24 de Janeiro de 2018
A história chega-nos pela voz de Simão Costa. Mas é no cor­po de Yola Pinto que ecoa de forma mais visível. “Voltei a arrepiar-me com essa história”. O relato do elemento musical da dupla recorda “aquele senhor de Loulé”. O homem que não nasceu surdo, mas que deixou de ouvir a certa altura da sua vida. E que voltou a vibrar com a sensação de um som quando o espectáculo Syn.Tropia esteve na cidade algarvia de onde é natural. “Nós fizemos quatro apresentações e ele só não foi à primeira. E no final veio falar-nos para dizer que estava ali porque já não se lembrava de como era ouvir. Tinha-se esquecido na sensação corporal que o som provocava nele quando ainda ouvia e que o espectáculo o ajudou a recordar essa sensação”. O desabafo “daquele senhor” é o melhor resumo que se po­de fazer de Syn.Tropia - Dança para surdos e outras audições, que hoje tem sessão dupla no Teatro Aveirense (10.30 e 14.30 horas), dirigido a todos: surdos ou ouvintes. Dirigido, no fundo, a todos quantos queiram deixar-se atravessar por um espectáculo que é uma verdadeira sinestesia, escrita através da bailarina Yola Pinto e do compositor Simão Costa. Eles são o fio condutor de algo que “eleva o estatuto da escuta a todos os sentidos” e que, desde Fevereiro de 2017, um pouco por todo o país, tem provado que “é falso que os surdos não ouvem”
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