A testemunha Dulce da Conceição disse ontem, em tribunal, que a sua irmã, Lídia da Conceição, identificou Pedro Dias como o homem que a sequestrou numa casa em Moldes, no concelho de Arouca, em 16 de Outubro de 2016. “Aquele homem de Arouca que estava a ser procurado pela polícia estava em casa da mãezinha”, contou Lídia da Conceição à irmã, quando lhe ligou para o telemóvel a avisar do que tinha acontecido.
O Tribunal da Guarda - onde Pedro Dias está a ser julgado por vários crimes, entre os quais três homicídios – permitiu ontem que Dulce da Conceição contasse o que a irmã lhe disse, uma vez que esta se encontra impossibilitada de falar devido a um AVC que sofreu a 29 de Novembro de 2016.
Segundo Dulce da Conceição, a irmã, nesse dia, tinha ido à casa de Moldes, que se encontrava desabitada, buscar correspondência da mãe de 91 anos, que vivia consigo. Assim que meteu a chave na porta, apareceu “um vulto”, que a agarrou pelo pescoço e pelos cabelos e a arrastou para um quarto. “O que é que vens fazer aqui? Nunca devias ter vindo aqui. Eu só precisava de três ou quatro dias”, terá dito Pedro Dias a Lídia da Conceição, de acordo com a versão contada pela irmã. No relato que lhe fez, a irmã referiu ter sido ameaçada com uma arma e que Pedro Dias lhe disse: “Esta pistola que tenho aqui já matou quatro pessoas e tu poderás ser a próxima”.
Leia a notícia completa na edição em papel.