Jornal defensor da valorização de Aveiro e da Região das Beiras
Fundador: 
Adriano Lucas (1925-2011)
Diretor: 
Adriano Callé Lucas

Diário de Coimbra faz 87 anos


Quarta, 24 de Maio de 2017
Foi a 24 de Maio de 1930 que o primeiro número do Diário de Coimbra chegou às mãos dos seus leitores. Há precisamente 87 anos. Uma data que muito orgulha todos quantos contribuíram para a publicação destas mais de 29 mil edições. O Diário de Coimbra foi fundado pelo meu avô (Adriano Viégas da Cunha Lucas, 1883-1950) e posteriormente liderado e impulsionado pelo meu pai Adriano Mário da Cunha Lucas (1925-2011). Graças a ambos, bem como ao contributo de todos os profissionais e colaboradores desta casa e à preferência dos leitores e dos anunciantes, o Diário de Coimbra é hoje o mais antigo jornal diário, em Portugal, que continua fiel à linha editorial e aos valores que presidiram à sua fundação, mantendo-se sob a orientação da família do seu fundador. Hoje, dia de aniversário, importa reafirmar esses valores. Somos um jornal informativo, republicano e liberal, defensor de Coimbra e das Beiras, da Liberdade de Imprensa, da economia de mercado, da regionalização e da plena integração e unificação europeia, da Europa das Regiões e dos Cidadãos. Independentes de quaisquer poderes políticos ou económicos, estes são os valores que diariamente nos orientam e que hoje, convictamente, reiteramos perante os nossos leitores. Os dias que vivemos, no país e no Mundo, são de grande inquietude. Toda a indefinição relacionada com o Brexit, com a nova administração norte-americana, a crescente tensão na península coreana, a falta de soluções para os vários conflitos no Médio Oriente, os populismos nacionalistas de extrema esquerda e de extrema direita em vários países, com o terrorismo, deixam-nos a todos em alerta constante. Em sinal contrário, destaque para a vitória, nas presidenciais francesas, de Emmanuel Macron. Um “jovem” da política que venceu com um programa de reformas liberais que, a concretizar-se, vai ajudar a França mas também a União Europeia. Em Portugal, continuamos a adiar essas reformas estruturais. É um facto bem positivo o país ter conseguido reduzir o deficit e crescer graças, principalmente, à inesperada explosão do turismo, que tem permitido também recuperar muitos edifícios que se encontravam arruinados ou abandonados nos centros históricos. Contudo, o País mantém-se centralista, gasta mal os seus parcos recursos e tem um nível de burocracia incompatível com a livre iniciativa. Estamos em 2017 e a igualdade de oportunidades é ainda uma utopia com um sistema de Justiça pouco eficaz e que favorece os mais prevaricadores, um sistema Educativo quase de pensamento único sem liberdade de escolha e uma Economia que não se desenvolve com leis rígidas e desactualizadas, como é o caso da legislação laboral, que vão contra quem pretende vingar num mercado livre e aberto. Sob pena de perdermos – tal como aconteceu no tempo do Estado Novo – o comboio dos países que se modernizam e crescem, os principais agentes políticos do país têm rapidamente de encontrar consensos para reformar o país e terminar com uma gestão que vive principalmente de ciclos eleitorais e de agendas partidárias. Não nos podemos acomodar. É, aliás, o que procuramos fazer, há 87 anos, no Diário de Coimbra. Procurando, de forma objectiva, isenta e credível, fazer melhor todos os dias indo ao encontro do que são os interesses dos nossos leitores e anunciantes, que são a nossa principal razão de existência e a quem agradeço hoje a sua continuada preferência. A todos o nosso Bem-haja. Adriano Callé Lucas
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