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Fátima: Conflitos "insensatos" no mundo em destaque na homilia do secretário de Estado do Vaticano


Foto: LUSA Sábado, 13 de Maio de 2017

Os milhões de pessoas que “vivem ainda no meio de conflitos insensatos” estiveram na noite de sexta-feira, 12, em destaque na homilia proferida pelo secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, no Santuário de Fátima. O cardeal, que preside esta noite à missa no Santuário da Cova da Iria, perante muitos milhares de peregrinos que assinalam o Centenário das Aparições, alertou que, “mesmo em lugares outrora considerados seguros, nota-se uma sensação geral de medo”.
“Com frequência somos surpreendidos por imagens de morte, pela dor de inocentes que imploram ajuda e consolação, pelo luto de quem chora uma pessoa querida por causa do ódio e da violência, surpreendidos pelo drama dos deslocados que fogem da guerra ou dos migrantes que morrem tragicamente”, disse o cardeal Parolin, recuperando o discurso feito ao corpo diplomático, no Vaticano, em 09 de Janeiro.
Para o secretário de Estado, perante esta situação, Fátima pede “perseverança na consagração ao Imaculado Coração de Maria, diariamente vivida com a reza do terço”. Face à guerra, segundo Pietro Parolin, e “ainda que não se veja resultados imediatos”, a oração “nunca é inútil. Mais cedo ou mais tarde, frutificará”.
Na homilia da missa de 12 de Maio, deixou ainda um convite a “travar o avanço do mal”, dando como exemplo uma pessoa que, por hipótese receba uma nota falsa e cuja primeira reacção espontânea seja passá-la a outra pessoa, convertendo-se em “transmissor do mal, em responsável e culpado”. A alternativa que recomenda é “pagar um preço” e ficar com a nota, “libertando os outros do avanço do mal.
Na sua intervenção, Pietro Parolin abordou, também, as “aparições” de Nossa Senhora na Cova da Iria, em 1917, “como mãe preocupada com as tribulações dos filhos”. “Ela apareceu aqui com uma mensagem de consolação e esperança para a humanidade em guerra e para a Igreja sofredora”, disse o secretário de Estado do Vaticano, para quem Nossa Senhora “convida” ao alistamento “nesta luta” consubstanciada na “oração diária do terço pela paz no mundo”.
“‘Se fizerem o que Eu vos disser, terão paz’. O certo é que, cem anos depois das Aparições, se para muitos – como diz o papa Francisco -, a paz aparece de certo modo como um bem indiscutido, quase um direito adquirido a que já não se presta grande atenção, entretanto, para outros, é apenas uma miragem distante”, afirmou Parolin.
O secretário de Estado do Vaticano integra a comitiva do papa Francisco, que desde a tarde de ontem, sexta-feira,  se encontra em Fátima, onde já presidiu à bênção das velas e hoje, sábado, canoniza os pastorinhos Jacinta e Francisco Marto. Francisco é o quarto Papa a visitar Portugal, depois de Paulo VI (1967), João Paulo II (1982, 1991 e 2000) e Bento XVI (2010).


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