O médico suspeito de ter filmado pacientes despidas durante consultas de rotina no posto médico de S. Roque, em Oliveira de Azeméis, começou a ser julgado, ontem, no Tribunal da Feira.
O julgamento decorre à porta fechada, com exclusão de publicidade, uma vez que em causa estão cinco crimes de devassa da vida privada, em concurso aparente com outros tantos de gravação ilícita e um de pornografia de menores. No entanto, fonte judicial informou que, nesta primeira sessão, o arguido remeteu-se ao silêncio, avançou a agência Lusa.
A investigação desenvolvida pela Polícia Judiciária detectou cinco situações, entre finais de 2014 e meados de 2015, que tiveram como vítimas quatro raparigas com idades entre os 11 e os 18 anos. As meninas seriam secretamente filmadas quando estavam despidas em consultas de rotina e as filmagens eram obtidas através de um telemóvel que o médico colocava em cima da sua secretária “dissimulado” dentro de um estojo transparente.
De acordo com a acusação, o médico começava a consulta solicitando às pacientes que subissem as camisas até à parte de cima do soutien, iniciando a auscultação do peito e costas. “Seguidamente, ele próprio desapertava o soutien das jovens expondo os respectivos seios, prosseguindo as manobras de auscultação, sempre em posições que permitissem o registo das imagens pela câmara do telemóvel”.
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