«É um bolo muito fofo». Normélia Carvalheira é curta e directa sobre as características da arrufada de Coimbra, que ontem vendia, energicamente, na Praça 8 de Maio. Trajada a rigor, ela e as colegas do Grupo Etnográfico da Região de Coimbra (GERC), aproveitavam a manhã quente para apelar à compra do doce tradicional e até nem se estavam a sair nada mal, com muitos visitantes a serem atraídos pelas cestas recheadas de bolos frescos e vistosos.
A tradição da Festa da Arrufada no GERC, que serve para angariar fundos para as actividades do grupo, repete-se anualmente a cada sábado antes do domingo de Ramos e tem em vista celebrar uma outra tradição, essa bastante mais antiga, em que madrinhas e padrinhos compravam a arrufada de Coimbra para oferecer, como folar, aos afilhados por altura da Páscoa. «A tradição diz que vinham as mulheres dos arrabaldes vender as arrufadas a Coimbra no sábado de Aleluia. Iniciavam-se assim as tradições da Páscoa», conta Cristina Roma, presidente do GERC. Hoje serão poucos os padrinhos que dão seguimento à tradição, mas muitas são as pessoas que aproveitam a iniciativa do GERC para levar para casa uma arrufada fresquinha.
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