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Ataque aéreo com gás tóxico no noroeste da Síria matou 35 pessoas


Terça, 04 de Abril de 2017
Pelo menos 35 pessoas morreram, entre elas nove menores, e dezenas ficaram feridas num ataque aéreo envolvendo gás tóxico na cidade de Khan Cheikhoun, no noroeste da Síria, revelou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). A organização não-governamental, que cita fontes médicas e activistas, indica que alguns feridos do ataque, perpetrado por aviões não identificados, apresentavam sintomas de asfixia, vómitos e dificuldade de respirar. O opositor Conselho Local de Khan Cheikhoun precisou, num comunicado divulgado na sua página de facebook, que houve quatro bombardeamentos com bombas termobáricas que continham gás cloro e gás sarin. Acrescenta que morreram 30 pessoas e cerca de 200 ficaram feridas. O Conselho publicou fotografias de várias vítimas do ataque, alguns menores de idade, deitadas no chão. Numa delas pode ver-se uma equipa de emergência a molhar com água o corpo de um jovem. Entretanto, a oposição síria já apelou ao Conselho de Segurança da ONU que abra com urgência um inquérito sobre o ataque com “gás tóxico” perpetrado, segundo disse, pelo regime de Bachar al-Assad no noroeste do país. Segundo o OSDH, dois menores morreram durante a noite num outro ataque, com barris de explosivos lançados por helicóptero numa outra localidade, igualmente a província de Idleb. A defesa civil Síria, composta por voluntários que se dedicam a trabalhos de resgate em áreas fora do controlo do Governo, assinalou na sua conta do twitter que durante a noite, neste ataque, ficaram feridas pelo menos 20 pessoas, entre elas menores de idade e mulheres. Acrescenta que os barris continham igualmente substâncias tóxicas. A maior parte da província de Idleb está sob controlo de facções rebeldes e islâmicas, entre elas o Organismo de Libertação do Levante, a aliança formada em torno da ex-filial síria da Al Qaeda. Nos últimos dias têm-se registado vários bombardeamentos, alegadamente com gases, no norte da Síria. No passado dia 30 de Março, mais de 50 pessoas ficaram feridas ou com sintomas de asfixia devido a ataques com aviões e helicópteros não identificados, alguns com substâncias químicas, na província de Hama, vizinha de Idleb.

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