Apontamentos caraterísticos e cores distintivas são os principais traços das ruas da “Veneza portuguesa”. Entre formas e texturas, o nosso jornal foi “À Descoberta do Azulejo de Aveiro”, onde pôde contemplar peculiaridades em residências, estabelecimentos comerciais e exemplares da arte pública.
No dia em que se celebrou o azulejo, pelo sexto ano consecutivo, seis rotas foram apresentadas aos mais curiosos, no entanto, só foram visitados alguns locais. A partida deu-se no Museu da Cidade e deu-se ao som da voz de Patrícia Sarrico, conservadora e restauradora dos museus de Aveiro.
O primeiro ponto de paragem ocorreu na Rua João Mendonça, onde se situa a Casa da Antiga Cooperativa Agrícola. Esta «retrata uma das principais fábricas de produção de azulejo em Portugal», expressou Patrícia Sarrico. Representa também a Arte Nova, com remate em coroamento recortado e contracurvo.
Seguiu-se o mural da escadaria da Rua Clube dos Galitos, que recria as artes da pesca e o sal caraterístico da região. Visitou-se, também, o mural da Praça da República, da autoria de Vasco Branco, uma encomenda da Câmara Municipal de Aveiro. A juntar a esta obra, ainda no mesmo espaço, encontra-se a Igreja da Misericórdia de Aveiro, «um dos raros exemplos em que as fachadas das igrejas eram revestidas em azulejo», afirmou a conservadora e restauradora.