Os 288 apartamentos inicialmente previstos para a Quinta da Pinheira, um empreendimento de habitação a custos controlados (HCC) em Aradas, foram convertidos em 320, para responder à maior procura por fogos de tipologia T1 e T2. Aristides Alferes, diretor-executivo da empresa Encobarra, responsável pelo investimento de 70 milhões de euros, assumiu «dificuldades» em comercializar os apartamentos T3 da nova urbanização, vários dos quais foram transformados em fogos com menos quartos.
O investidor deu o exemplo do Bloco 1, o mais adiantado e cujas escrituras deverão ser assinadas em agosto ou setembro. As 32 casas estão todas alienadas, mas os T1 «foram os primeiros a ser vendidos, seguidos dos T2». No Bloco 2, que estará concluído em agosto de 2025, faltam vender 39 T3, acrescentou.
«Hoje, as pessoas quase não querem T3», reforçou o presidente da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves, durante uma visita promovida na manhã de ontem pela construtora ao andar-modelo da Quinta da Pinheira.
No total, o empreendimento porá no mercado 320 fogos a custos controlados, divididos por quatro lotes. Segundo Aristides Alferes, é o maior investimento privado de HCC em Portugal. A construção teve início em março de 2023, com uma estimativa de 44 meses de obra. O Bloco 1 está praticamente concluído e o 2, com 112 apartamentos, ficará pronto em agosto de 2025. A empresa está atualmente a iniciar as fundações do Bloco 4, ainda dependente de uma certificação do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) que permite aceder a benefícios fiscais, nomeadamente o IVA reduzido de seis por cento. O Bloco 3 será o último a avançar.