O reitor da Universidade de Aveiro passa em revista a atualidade da instituição por ocasião dos seus 50 anos.
Paulo Jorge Ferreira é o reitor da Universidade de Aveiro (UA) no momento em que a instituição completa o marco histórico dos seus 50 anos. Em entrevista a pretexto dessa efeméride, realça a «reputação internacional» da UA e dá nota dos desafios que enfrenta, partilhados com outras entidades do ensino superior. «O risco de obsolescência nunca foi tão elevado como hoje, porque o ritmo de progresso científico e tecnológico é o mais rápido de sempre», diz.
Diário de Aveiro: A UA está a celebrar os seus 50 anos. Como acha que a instituição é vista fora das suas fronteiras?
Paulo Jorge Ferreira: A Universidade de Aveiro tem reputação internacional e tornou-se em 2019 uma das primeiras universidades europeias reconhecidas pela União Europeia, a Universidade ECIU. No seu conjunto, a Universidade ECIU representa 300 mil estudantes em 14 países e outras tantas universidades.
Para onde caminha a UA no que respeita à sua oferta formativa, atendendo às novas dinâmicas económicas da sociedade? Há cursos que correm o risco de ficar obsoletos e outros que será necessário criar?
O risco de obsolescência nunca foi tão elevado como hoje, porque o ritmo de progresso científico e tecnológico é o mais rápido de sempre. Os graus e diplomas que as universidades atribuem há séculos foram pensados em tempos de evolução lenta. Não se trata de haver cursos obsoletos ou em falta, é o próprio conceito de curso que está em causa.