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Autarcas defendem «números» dos seus territórios na 'Smart Travel' na Mealhada


Texto de Mónica Sofia Lopes e foto DR Sexta, 19 de Abril de 2024

O ponto alto da edição de 2024 da “Smart Travel” aconteceu, ontem, no Cineteatro Messias, na Mealhada, com especialistas de diversas áreas a refletir sobre temas como a atratividade e a sustentabilidade dos territórios. Foi ali, durante a manhã, que os participantes ficaram a saber que o Dino Parque, na Lourinhã, é o terceiro ponto mais visitado na região Centro, depois de Coimbra e Fátima; que os moliceiros turísticos em Aveiro vão passar a ser elétricos e que este serviço teve um aumento da rentabilidade para o município, em cinco anos, de 1,2 milhões de euros para 5,4; e ainda da estimativa de que, anualmente, dois milhões de pessoas degustem o leitão dos estabelecimentos da Mealhada.
O nosso jornal assistiu ao painel das “Cidades e Território” onde diversos representantes de municípios de Portugal falaram nos seus pontos fortes, mas também em tudo aquilo que pretendem melhorar. João Serra, do município da Lourinhã, começou por explicar que o concelho tem 27 mil habitantes e que se situa muito perto de Lisboa. «Lourinhã é a capital dos dinossauros e muito poucos sabem que o Dino Parque é o terceiro espaço mais visitado na região Centro, depois de Coimbra e de Fátima», referiu, sublinhando «uma preocupação com as acessibilidades, sobretudo com a ligação a Lisboa e Autoestrada», o que na, sua opinião, «pode trazer menos visitantes», mas defendendo, contudo, de que «às vezes menos é mais».
A representar o município de Aveiro esteve João Machado, que se focou nas vantagens que o território tem tido com a digitalização, nomeadamente, «com as parcerias do município com a Universidade de Aveiro, Altice Lab, Instituto de Telecomunicações, Nova Ria e com uma entidade externa, fora de Aveiro, que nos avalia». «Introduzimos um sistema de educação diferente, do primeiro ciclo ao 12.º ano, em que os professores têm formação, e já temos alunos com 7, 8 anos que fazem circuitos elétricos», referiu, recordando «o lançamento das BUGA, há 25 anos, um sistema de bicicletas gratuito, que, por efetivamente ser “oferecido”, levou muitas vezes a que as bicicletas fossem parar à ria. Hoje a pessoa tem de se identificar e o valor é insignificante, de dez cêntimos por cada meia hora».
O vereador na autarquia de Aveiro disse ainda que neste momento, estão «no processo para que os moliceiros se tornem elétricos. São 27 embarcações, dez docas e uma ria, sendo que, de cinco em cinco anos, fazemos hasta pública para as docas. Apercebemo-nos com isso, uma vez que fizemos a primeira em 2014, de que a rentabilidade para a câmara, em cinco anos, passou de 1,2 milhões de euros para 5,4 milhões». «Acreditamos que ninguém volta a Aveiro para andar no moliceiro, mas que volta, sim, pelo Festival dos Canais ou pela gastronomia», enfatizou.
Hugo Silva, vereador na autarquia da Mealhada, na sua primeira intervenção, destacou três áreas do município: Luso, Bussaco e gastronomia. «O termalismo gera visitação e foca a saúde, beleza, bem-estar e longevidade. Por outro lado, a água de Luso caracteriza-nos e dá-nos oportunidades. Já no que toca ao Bussaco, temos as inúmeras maravilhas visitáveis aos níveis religioso, cultural, natural, militar e de património», destacou, focando-se depois no setor vinícola e gastronómico do concelho. «Numa conta rápida, e uma vez que temos cinco veterinários a trabalhar diariamente nos leitões que chegam às nossas mesas, se cada leitão alimenta pelo menos dez pessoas, nós teremos dois milhões de visitantes nos restaurantes do município da Mealhada. Esta é uma das nossas grandes oportunidades, em converter os visitantes da boa mesa em turistas, em investidores e em pessoas com relação mais estreita ao município», rematou o autarca.


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