O projeto Lazarus conquistou uma bolsa de 420 mil euros da Fundação LEO, do grupo LEO Pharma, para «desenvolver tratamentos eficazes para feridas de difícil cicatrização», um dos 14 prémios concedidos para investigação dermatológica. O projeto é coordenado pela investigadora Mariana Oliveira, do CICECO - Instituto de Materiais de Aveiro, unidade de investigação da Universidade de Aveiro (UA), integrando uma equipa da qual também fazem parte os investigadores Ana Rita Sousa, Ana Filipa Cunha, João Mano e Ana Santos-Coquillat.
«A nossa esperança é conseguir desenvolver tratamentos eficazes para cicatrização de feridas com risco mínimo de efeitos colaterais», afirma Mariana Oliveira. «Espera-se que o facto de não serem administradas células vivas melhore a previsibilidade e a segurança dos dispositivos em comparação com outras terapias baseadas em células», acrescenta a investigadora. «A tecnologia também elimina os riscos relacionados à possível migração celular para locais indesejados ou à ocorrência de mudanças fenotípicas após o implante (por exemplo, perda de características regenerativas ou diferenciação em fenótipos celulares indesejados, o que pode ser particularmente relevante para células altamente plásticas, como as células mesenquimais estaminais)», explica.
