O município de Oliveira de Azeméis quer desincentivar o uso de automóvel na cidade, no âmbito de um plano de mobilidade sustentável com o qual se propõe reforçar o usufruto pedonal e cumprir as metas europeias de descarbonização.
Segundo informou a autarquia, o documento ainda é uma versão preliminar, mas aponta «parâmetros fundamentais para qualificação do espaço público» de forma a mitigar o efeito das alterações climáticas e a adotar soluções de deslocação mais ecológicas, seguras e inclusivas.
Para o presidente da câmara, Joaquim Jorge, trata-se de um primeiro passo para que a capital concelhia «seja para os oliveirenses e não para os automóveis».
Referindo que, tanto na Europa como no resto do mundo, as cidades foram maioritariamente pensadas para favorecer a circulação automóvel, o autarca socialista reconheceu que, no concelho, a Estrada Nacional 1 funciona como um separador entre os territórios a sul e a norte do concelho, e que, no centro da capital concelhia, a maior parte das deslocações é assegurada recorrendo a transporte individual.
«O padrão de mobilidade instalado é de utilização quase exclusiva do automóvel por 80 por cento da população», realçou Joaquim Jorge, que receia também os efeitos dessa estatística ao nível da saúde, enquanto reflexo de sedentarismo.