A presidente da Junta de Freguesia de Aradas, no concelho de Aveiro, foi constituída arguida num processo em que se investiga os crimes de abuso de poder, violação de normas de execução orçamental, peculato, corrupção e participação económica em negócio.
Além de Catarina Barreto, que foi eleita pela coligação Aliança com Aveiro (PSD/CDS /PPM), o processo tem mais cinco arguidos, incluindo três membros do atual executivo (dois vogais e o tesoureiro), a secretária da junta à data dos factos e um funcionário.
O processo, consultado pela agência Lusa, inclui vários elementos de prova recolhidos pela Polícia Judiciária (PJ) durante as buscas à junta de freguesia, em janeiro do ano passado, relacionados com alegados factos criminosos ocorridos durante o mandato de 2017 a 2021.
Uma das situações tem a ver com o uso indevido de dinheiros públicos para pagar a um fotógrafo profissional que terá sido contratado para cobrir a cerimónia de apresentação da recandidatura de Catarina Barreto à presidência da junta nas eleições autárquicas em 2021.
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Num esclarecimento enviado ao Diário de Aveiro, a autarca nega as acusações. «Devo esclarecer que apenas fui constituída arguida, em abril de 2023, num processo que tem como objeto duas questões», começa por referir. «Terei utilizado um fotógrafo para a minha apresentação de candidatura com pagamento pela junta de freguesia no valor de 250 euros, facto que não corresponde à verdade, como será demonstrado, antes correspondendo tal denúncia a um esquema montado por terceiros», diz.
Acrescenta que «terão sido emitidas duas faturas relativamente a obras realizadas por duas distintas empresas, mas que apenas uma delas é a prestadora dos serviços». «A denúncia que foi apresentada», assegura, «não corresponde à verdade, pois a obra foi executada por duas sociedades que têm serviços diferentes».
