As «armas doces» que são os poemas - como os definiu o ator André Gago, estrela convidada - foram, ontem, protagonistas na “Peregrinação Poética”, um dos momentos sempre marcantes do Festival Literário “Poesia à Mesa” de S. João da Madeira, que este ano tem a liberdade e os resistentes contra o Estado Novo por temas.
Pensado para as ruas da cidade, mais uma vez o mau tempo confinou o peregrinar a dois espaços da Oliva Creative Factory: a Sala dos Fornos e o Centro de Arte Oliva. Além do ator, estiveram em palco declamadores de seis instituições sanjoanenses: CERCI, Ecos Urbanos, APROJ - Associação de Promoção da Juventude, Teatro Oliveira Júnior, Associação Cultural Luís Lima e Universidade Sénior.
Paulo Condessa, comissário do festival, sublinhou que os grupos treinaram devidamente as performances apresentadas, com o objetivo - disse - de «elevar a qualidade» do “Poesia à Mesa”.
Vincou o carácter universal da fruição poética ao salientar a primeira atuação da tarde, a cargo da CERCI de S. João da Madeira, com um grupo em que alguns dos membros têm «dificuldades em articular palavras», mas que, ano após ano, assumem a coragem de subir ao palco.
