Ontem, a típica serenidade do Cemitério Central da cidade de Aveiro foi interrompida por motoserras, viaturas, escadas e guindastes, numa operação de corte de árvores, planeada e executada pela União de Freguesias Glória e Vera Cruz.
Quem passava no local parava e lamentava, dirigindo queixas aos governantes que, alegadamente, dão primazia ao betão em detrimento do verde, tornando as cidades de hoje em espaços estéreis e pouco convidativos à sua fruição, mas o presidente de junta, Fernando Marques, garante que «foi uma decisão refletida, planeada e necessária».
«Só peca por tardia», testemunhou o autarca ao Diário de Aveiro, explicando que as árvores que ladeiam o corredor central do cemitério, imediatamente a seguir ao portão de entrada, e «ali postas praticamente desde o início do cemitério», representavam vários perigos e eram motivo de séria preocupação para a junta.