Com eleições legislativas marcadas para o dia 10 de março, Ribau Esteves sublinha que a atual crise política foi «provocada de forma irresponsável pelo PS». Cabe, na sua perspetiva, ao PSD, «fazer uma oposição contundente e perceptível» e «apresentar um projeto credível e com alma forte para mobilizar os portugueses». Isto porque «Portugal não pode ficar dependente de geringonças de extrema esquerda ou extrema direita».
Tendo em conta o que tem visto de Luís Montenegro, arrepende-se de não ter avançado com a candidatura à presidência do PSD ou o partido está a ser bem representado por ele?
Cada decisão tem o seu tempo, e, no tempo que a tomei, foi a decisão que entendi mais adequada. O PSD tem um líder legítimo, que tem trabalhado com afinco e que foi apanhado numa crise grave que o leva a eleições mais de dois anos antes do previsto. Nós, os social-democratas e os portugueses descontentes com a governação do PS, temos de apoiar Luís Montenegro, o presidente do PSD, e ajudar o PSD a dar um Governo competente, estável e forte ao país.
Admite uma nova candidatura?
Este não é o tempo de pensar, nem de falar dessa matéria. Este é o tempo de lutar pela vitória do PSD nas eleições legislativas antecipadas, de 10 de março, e nas eleições ao Parlamento Europeu, de 9 de junho do próximo ano.
O PSD tem condições de ganhar as legislativas antecipadas de 10 de março de 2024?
Claramente que sim. Esta crise política provocada de forma irresponsável pelo PS, que vinha acumulando fragilidades na solidez do Governo e incapacidades a vários níveis da governação, é uma oportunidade para o PSD, sendo que o PSD tem de fazer uma oposição contundente e percetível, assim como apresentar um projeto credível e com alma forte para mobilizar os portugueses.
