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Ovar lança festival CásterAntiqua com sete concertos de entrada livre até ao dia 23

O novo evento do distrito de Aveiro quer “reforçar o ecletismo da oferta cultural do concelho”

O município de Ovar lança na próxima sexta-feira a primeira edição do festival CásterAntiqua, que, até 23 de março, propõe sete concertos e outras atividades de entrada livre focadas na música dos séculos XVI a XVIII.

Desenvolvido em parceria com a Associação Cultural Musurgia, o novo evento do distrito de Aveiro quer “reforçar o ecletismo da oferta cultural do concelho”, sendo anunciando pela autarquia como “uma proposta inovadora e diferenciadora em toda a região Centro do país”.

É essa a perspetiva do presidente da Câmara de Ovar, Domingos Silva, que, em declarações à Lusa, explica: “O CásterAntiqua – Festival de Música Antiga de Ovar pretende levar a cidade a viajar pelos séculos XVI, XVII e XVIII, através de uma programação que congrega artistas e agrupamentos nacionais com reconhecido mérito internacional, apresentando-os em espaços de excelência pelo seu interesse patrimonial”.

Além de concertos, o cartaz do evento inclui ainda uma residência artística, sessões didáticas e visitas guiadas ao património, do que resulta o que o autarca social-democrata descreve como uma combinação entre “momentos de formação e capacitação de públicos locais”, por um lado, e uma programação de concertos “cuidada, pensada para o público em geral e com capacidade para atrair ao concelho visitantes de todo o país e também do Norte de Espanha”.

Os protagonistas da edição de lançamento do CásterAntiqua serão os coletivos portugueses Sete Lágrimas, os ensembles Quarto Tom e Musurgia, e o duo Thiago Vaz & Pedro Martins, aos quais se juntam a formação neerlandesa Seconda Pratica, os austríacos Ensemble Navis e a dupla alemã Robert Ehrlich & Alexander von Heissen.

O festival arranca esta sexta-feira com uma formação por Ana Nistal Freijo, que, no Museu Júlio Dinis, abordará mecanismos para melhor conhecer e apreciar “música historicamente informada”.

Na mesma data há no Centro de Arte de Ovar o concerto “Music for a while – Canções do Século XVII”, em que Thiago Vaz e Pedro Martins apresentam temas do período barroco para voz e baixo contínuo, criados no contexto de uma Europa então afetada por conflitos religiosos, antagonismos políticos e o progressivo afastamento entre cultura popular e erudita.

No dia seguinte, no mesmo local, o palco é para “Folia Nova” do coletivo Sete Lágrimas, que evocará a obra poética de Gil Vicente e a dança dos pastores – a chamada “folia” – para mostrar como a popularidade da música profana da Península Ibérica se introduziu na composição sacra e litúrgica.

A 18 de março, o flautista Robert Ehrlich e o cravista Alexander von Heissen apresentam “Obras-Primas Barrocas” na Capela do Calvário, juntando-se a João Francisco Távora, convidado também na flauta de bisel, para dar a conhecer peças de Arcangelo Corelli, Händel e Bach.

Na mesma data e também a 20 de março, o festival leva ao Museu Escolar Oliveira Lopes os ensaios do Coro CásterAntiqua, aberto a participantes previamente inscritos junto da associação Musurgia.

O objetivo é familiarizar os coralistas com a música antiga da Guatemala e do México, explorando os vilancicos devocionais do português aí emigrado Gaspar Fernandes (1566-1629) e trabalhando canto e declamação poética para depois apresentar ao público o espetáculo “Divinas Perlinas”, no dia 23, na Capela de Santo António – então com o Musurgia Ensemble, sob a direção de Jorge Luís Castro.

Ainda no dia 20 de março, a Igreja Matriz de Ovar recebe o concerto “Nova Europa”, em que o coletivo Seconda Pratica fará uma viagem musical pela “migração e multiculturalidade” do Velho Continente no seu esforço expansionista e colonizador.

Para 21 e 22 de março estão previstos, respetivamente na Igreja Matriz de Ovar e no Museu Júlio Dinis, “Vésperas solenes para a festa do Corpus Christi”, pelos ensembles Misurgia e Quarto Tom, e “Música para trio nas cortes europeias do século XVIII”, pelo Ensemble Navis. As “Vésperas…” vão explorar obras de música vocal e instrumental do Convento de Santa Cruz de Coimbra e “Música para trio” reunirá um repertório desenvolvido em residência artística no próprio festival, depois de o Ensemble Navis ter vencido a sua primeira ‘open call’ para artistas emergentes.

Março 11, 2025 . 12:53

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