
Avanca, terra “abençoada” pela ciência e natureza
Falar de Avanca é falar inevitavelmente de Egas Moniz e da sua Casa-Museu sob alçada municipal há quatro décadas, que se encontra de portas abertas para todos os que quiserem visitar um edifício verdadeiramente único, onde a ciência e a arte “coabitam” em perfeita harmonia. A este imóvel do século XVIII impressionante - reconstruído em 1915 segundo um projeto do arquiteto Ernesto Korrodi, a mando do cientista -, soma-se um imenso espaço verde “povoado” por uma fauna, com destaque para as cegonhas e outras aves, e uma flora digna de se apreciar.
O percurso do Rio Gonde, um dos que integram o projeto camarário BioRia, começa precisamente aqui, na que é também conhecida por Quinta do Marinheiro. Por uma levada - como refere o município no seu “site” -, a água segue para os chamados Moinhos de Meias, no fundo da quinta, agora recuperados e visitáveis, evocando a memória do moleiro, transformando cereais em farinha. Com cerca de 3,5 quilómetros, o trajeto (com ligação ao percurso das Ribeiras de Pardilhó) percorre as margens do rio com a vegetação ripícola, os moinhos de água, pinhais e eucaliptais, até à Ribeira do Mourão.
Esta ribeira, conforme refere a junta num folheto turístico datado de 2016, é a única da freguesia, onde se situa a fronteira comum com as freguesias de Pardilhó e Válega. O nome Mourão deve-se provavelmente às estacas no cais onde se fixavam os barcos.