
«A cabeça dos humoristas nunca desliga»
Joana Gama foi locutora de rádio (Mega Hits, RFM, Antena 3); passou pela tv (SIC Radical); escreveu livros (“Alguém Que Me Cale”, “Estou Toda Grávida”, “A Mãe é que Sabe”); criou podcasts (Banana-Papaia, Psychoterapia). E, que é o que aqui nos interessa, faz stand-up comedy - “Não sei ser” tem passagem pelo GrETUA a 15 de Março. Não convém levar filhos pequenos – é para maiores de 16. Perguntámos-lhe se queria falar sobre este espetáculo. Ela respondeu: «vamos a isso, chouriço».
Diário de Aveiro: Vi uma entrevista tua à Júlia Pinheiro em que se tratam por tu. Se ela pode eu também posso. Posso?
Joana Gama: Eu não consegui tratar Júlia Pinheiro por "tu". Repara que até tirei o artigo definido. Devias ter a mesma cerimónia comigo, mas já está... já está.
Quando trocámos mails para combinar a entrevista, às tantas escreveste-me «vamos a isso, chouriço». Tu és sempre assim espontânea, na vida e em palco? Quem és tu, Joana?
Pensava que era uma expressão comum. Deve ser algo que me diziam quando era mais nova por ser mais roliça no entender deles. Sacanas! Sou uma pessoa que não sabe ser. Que sou cada vez mais feliz e por mérito próprio. Tenho como lema estar constantemente a tentar ser melhor - e não a melhor - e isso não só me entretém como também ofusca não ter aquilo que a malta chama "propósito" na vida. Sou intensa, a todos os níveis.
As tuas atuações são construídas com algum improviso ou levas tudo preparado? Vi vários vídeos teus e acho que é a hipótese A...
Não tens nada a ver com isso… São maioritariamente de improviso, se não contar o tempo que passo a planear mentalmente quando estou a caminho das mesmas.
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