Última Hora
Ua Xperimenta Pub
Bannerinvisual Da
Mc Donalds
Graterol Santos Pub
Adicionadevelopments Pub
Pub

Universidade de Aveiro estuda potencial de células solares em satélites

Estudo foi conduzido por Joaquim Leitão, Tiago Fernandes, Pedro Patrício e António Cunha

Um estudo liderado por investigadores da Universidade de Aveiro (UA) demonstrou o potencial das células solares baseadas em um semicondutor denominado CIGS para aplicações espaciais, revelou hoje a instituição de ensino superior.

“O trabalho, que envolveu a simulação dos efeitos da radiação no desempenho dessas células e o estudo de metodologias de recuperação, confirma a sua viabilidade para uso em satélites e outros equipamentos em órbita”, salienta a UA, na sua página de Internet.

Estas células solares apresentam como camada absorvente da radiação solar um filme fino constituído por cobre, índio, gálio e selénio, a qual é a camada determinante para converter a luz solar em eletricidade, esclarece o texto.

Para simular o impacto da radiação espacial, as células foram irradiadas com protões de baixa energia, “seguindo parâmetros que permitiram simular um período entre um e 1200 anos, dependendo da órbita considerada”.

“Os resultados demonstraram que, mesmo sob irradiação intensa, as células mantiveram um funcionamento parcial, o que é um indicativo promissor para a sua utilização em ambiente espacial”, aponta o investigador Joaquim Leitão.

A segunda vertente do estudo visou testar um método de recuperação dos danos causados pela radiação.

A equipa realizou recozimentos das células entre 90°C e 200°C, combinados com exposição à luz, observando uma recuperação significativa do desempenho.

Este resultado, sublinha Joaquim Leitão, “é relevante, pois a temperatura máxima a que estas células estariam sujeitas no espaço ronda os 150°C, e a variação térmica orbital pode, de forma natural, contrariar os danos acumulados”.

O estudo conclui que, mesmo sob irradiação severa, as células solares de CIGS mantêm um funcionamento parcial, reforçando a sua resiliência em condições extremas.

Outra das conclusões é que a recuperação dos danos “é viável e compatível com o ambiente espacial, dado que ocorre a temperaturas e condições de luz semelhantes às existentes em órbita”.

É ainda sublinhado que a possibilidade de utilizar células solares de CIGS sem a camada de proteção de vidro reduz a massa dos satélites e os custos de lançamento.

O estudo foi conduzido por Joaquim Leitão, Tiago Fernandes, Pedro Patrício e António Cunha, investigadores do Departamento de Física da UA e do Instituto de Nanoestruturas, Nanomodelação e Nanofabricação (i3N), e contou com a colaboração do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL) e do Instituto Superior Técnico (IST) da Universidade de Lisboa.

O estudo foi já publicado na revista ACS Applied Energy Materials.

Fevereiro 25, 2025 . 12:57

Partilhe este artigo:

Junte-se à conversa
0

Espere! Antes de ir, junte-se à nossa newsletter.

Comentários

Seguir
Receba notificações sobre
0 Comentários
Feedbacks Embutidos
Ver todos os comentários
Fundador: Adriano Lucas (1883-1950)
Diretor "In Memoriam": Adriano Lucas (1925-2011)
Diretor: Adriano Callé Lucas
94 anos de história
bubblecrossmenuarrow-right