Saavedra Guedes aposta em atrair a juventude para a cultura e o desporto

A Associação Cultural e Recreativa Saavedra Guedes, fundada oficialmente em 1934, é um pilar da comunidade, promoven­do atividades culturais, recreativas e desportivas. Em entrevista ao Diário de Aveiro, o presidente António Esteves falou sobre o momento de transição da associação, os desafios da gestão e as ambições para os próximos anos.

Uma nova liderança em tempos de mudança

A 11 de janeiro deste ano, António Esteves assumiu a presidência da associação após o falecimento do antigo dirigente. Com mais de 40 anos de ligação ao clube, tendo passado por diversas funções, o atual presidente encara este cargo como uma missão transitória. «Não me sentia propriamente motivado, não era a minha intenção exercer esta função, mas devido às circunstâncias, entendi que tinha que a assumir, pensando que será transitório. Infeliz­men­te, calhou-me a mim. Alguém tinha que ser. Estou nu­ma fase de transição, a ver se daqui a um ou dois anos encontramos e­lementos mais novos para dar continuidade à atividade do clube», afirmou.

A renovação de dirigentes e a atração de jovens são pontos-chave para o futuro da associação. «A sociedade está um bocado difícil em termos de associativismo. Felizmente, temos um grupo de dirigentes, entre os 30 e 40 anos, que poderão assegurar a continuidade do clube», explicou.

Desafios financeiros e planos para o futuro

Gerir um clube com tantas a­tividades exige um grande esforço financeiro. «No ano pas­sa­do tivemos despesas de cerca de 151 mil euros. Os custos incluem transportes, equipamentos, manutenção de instalações e deslocações para competições». A canoagem, por exemplo, é uma modalidade dispendiosa. «Um barco de competição pode custar entre 2.000 e 5.000 euros, e o material degrada-se com facilidade».

Para garantir a sustentabilidade, António Esteves pretende criar fontes de receita fixa. «O nosso grande objetivo é assegurar a sustentabilidade económica do clube, talvez com a construção de um bar na sede e outro na canoagem, gerando receitas através de arrendamentos», revelou.