
Ponte do Vouga em Águeda em vias de classificação
A abertura do procedimento de classificação de âmbito nacional da Ponte de Vouga, sobre o Rio Vouga, em Águeda, que desabou parcialmente em 2011, Foi hoje publicada em Diário da República.
Situada entre a freguesia de Macinhata do Vouga e União das Freguesias de Trofa, Segadães e Lamas do Vouga, a ponte foi construída no século XIII para servir a então vila do Vouga.
As mais antigas referências são dois legados testamentários, um de 1239 e outro datado de 1245, que referem a ponte que servia a “estrada real” de ligação do Porto a Coimbra, aproveitando parcialmente a antiga estrada romana.
A Ponte do Vouga teria, originariamente 12 arcos, com um comprimento de 160 metros e, na sequência da construção de uma nova ponte a jusante da ponte antiga, ficou sem manutenção.
Já deteriorada, passou para a responsabilidade da Câmara Municipal de Águeda que, em 2010, mandou fazer uma inspeção ao estado da ponte medieval, na sequência da qual foi fechada ao trânsito.
De acordo com um estudo feito pela autarquia, a reabilitação custaria mais de dois milhões de euros, montante para o qual a autarquia não possuía disponibilidade financeira.
Em 2011 deu-se o colapso de um dos pilares e dos dois arcos centrais, devido à força das águas, com os temporais de novembro desse ano.
A ponte original foi reconstruída em 1713, no reinado de D. João V, aproveitando os pilares e partes estruturais da ponte medieval de que são visíveis as marcas dos canteiros que talharam as pedras medievas.
Já no século XX, na década de trinta, o tabuleiro foi alargado, com uma estrutura de betão.
Nas proximidades da ponte em vias de classificação, situa-se uma estação arqueológica a aguardar que sejam retomadas escavações e que é apontada por alguns historiadores como correspondendo à cidade romana de Talábrica, cuja localização exata tem sido alvo de controvérsia.