
Maria Rei: da Ribeira da Aldeia, em Pardilhó, rumo a Los Angeles 2028
Maria Rei, natural de Pardilhó, é um dos grandes nomes da canoagem portuguesa e uma das atletas que integra o projeto olímpico. Com 25 anos, já soma 18 dedicados à modalidade, desde que, em 2007, começou a remar influenciada pelo avô, que a inscreveu no clube local. O que começou como uma simples paixão pelo desporto ao ar livre rapidamente se transformou num caminho de superação, conquistas e desafios.
O início de um sonho
Quando se iniciou na canoagem, Maria Rei não tinha grandes ambições competitivas e o seu foco era simplesmente desfrutar da modalidade e dos benefícios que ela proporcionava. «Gostava da modalidade, do facto de ser ao ar livre e das paisagens. Além disso, sempre gostei da convivência com os colegas de treino, da dinâmica de trabalhar em equipa nos barcos de dois ou quatro lugares», explica. Mas, à medida que os resultados surgiam, a motivação cresceu e, pouco a pouco, o sucesso foi chegando. «Comecei a aplicar-me mais e a interessar-me pelo treino. Ganhei gosto e esforço-me todos os dias para ser um bocadinho melhor», revela.
O objetivo olímpico e os desafios pelo caminho
Maria Rei já enfrentou momentos difíceis na sua carreira. Apesar da dedicação, não conseguiu o apuramento para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, depois de também ter falhado Tóquio 2020 devido a sucessivas lesões no ombro, que a obrigaram a passar por três cirurgias. «Para Tóquio, sabia que não estava em condições, foi impossível fisicamente. Já Paris, foi dececionante, porque foram muitos anos de trabalho e não conseguimos o apuramento. Fiquei muito desmotivada e a questionar o que faria no futuro», confessa.
No entanto, Maria Rei demonstrou força e encontrou uma nova perspetiva. «Agora, encaro prova a prova, sem pensar demasiado no futuro, mas claro que tenho o sonho de estar em Los Angeles 2028. Trabalho cada dia para cumprir os meus objetivos».
Conciliar desporto e estudos
Além da canoagem, Maria Rei dedica-se também à faculdade. Atualmente, estuda Fisioterapia na Universidade de Aveiro, um caminho que escolheu depois de ter iniciado um curso em Engenharia Industrial. «Coincidiu com a altura em que me lesionei e repensei as minhas opções. A fisioterapia foi influenciada pela minha experiência no desporto e pelo contacto com profissionais de saúde».
Como explica a atleta, a sua rotina não é fácil. «Treino de manhã, antes das aulas, e ao final do dia. Durante os estágios da seleção nacional, coloquei a faculdade em “stand-by”, porque não fazia sentido tentar fazer exames sem ir às aulas».
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