
Os Pumas da Ria já partiram para Marrocos
Manuel Lopes, natural de Almada, e Guilherme Ribeiro, natural de Ovar, são estudantes de Engenheira Mecânica da Universidade de Aveiro (UA) e amanhã dão início, oficialmente, a uma aventura única no UniRaid 2025, um “rally” solidário que atravessa Marrocos - a bordo de um icónico Ford Puma, que os “Pumas da Ria” batizaram de Sally -, com o objetivo de levar 40 quilos de material solidário a comunidades carenciadas.
Em entrevista exclusiva ao Diário de Aveiro, os dois aventureiros comentaram como surgiu a ideia de participar. «Um colega nosso descobriu o UniRaid e desafiou-nos a ir. Na altura, não avançámos, mas agora decidimos levar isto a sério», explicam. O espírito de aventura, o gosto por carros e o caráter humanitário do evento foram os principais impulsionadores da decisão.
Preparados para tudo
A preparação não foi simples. Além de encontrar e preparar um carro dentro das especificações do UniRaid, obrigatoriamente um veículo com mais de 20 anos, a dupla teve de angariar fundos e recolher as doações. «Tivemos apoio de familiares, trabalhámos no verão e conseguimos patrocínios, principalmente na área de peças e mecânica», dizem. Travões, radiador, ventoinha e uma proteção de cárter foram algumas das melhorias que receberam também por parte de diversas oficinas do concelho de Aveiro.
Quanto à parte solidária, a equipa conseguiu atingir a meta requerida com material angariado, que inclui roupa desportiva, “t-shirts”, roupa infantil, brinquedos e mantas, grande parte vinda de doações familiares e de amigos. «Temos cerca de 26 ou 27 quilos de roupa de desporto e o resto é roupa infantil e mantas», explicam.
A reação das famílias foi mista, no entanto, a preocupação não diminuiu a “fome” de aventura. «A minha mãe aceitou bem desde o início. Disse que me apoiava; desde que me safasse sozinho, tudo bem», partilha Manuel entre risos. Já Guilherme comenta que «os meus pais conhecem bem Marrocos, o que os fez aceitar melhor a ideia, mas também os preocupou, porque conhecem como é a realidade de lá e o que “a casa gasta”».
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