Região Centro terá em 2024 o seu melhor ano turístico de sempre
Diário de Aveiro: A temática escolhida este ano pela ONU para as celebrações do Dia Mundial do Turismo é “O turismo e a paz”, um tema que a Turismo Centro de Portugal já debateu no seu último Fórum “Vê Portugal”. Em que medida é que entende que o turismo desta região pode ser um construtor da paz?
Raul Almeida: No Fórum “Vê Portugal, que é o Fórum de Turismo Interno, tivemos a felicidade de trabalharmos nesse tema do turismo como indústria da paz e como uma forma de gerar pontes e entendimentos. E foi bastante importante, porque tivemos vários painéis e vários participantes, desde logo D. Américo Aguiar, em que discutimos e vimos verdadeiramente que o turismo é uma indústria da paz, porque gera entendimentos. As pessoas quando procuram um destino, procuram um destino seguro, procuram um destino de sorrisos. O turismo é uma indústria de sorrisos. Ou seja, as pessoas procuram a paz quando fazem as suas viagens. E, por isso, o turismo pode gerar essas pontes, esses entendimentos. O momento que vivemos na nossa geopolítica mundial, com conflitos na própria Europa, na Ucrânia, e no Médio Oriente, leva-nos precisamente a esse tema. E é importante este papel que o turismo desenvolve, e a ONU e a Organização Mundial de Turismo também olharam para isso.
E o facto da região Centro ser detentora do maior santuário mariano, o Santuário de Fátima, é, também, um contributo do turismo para a paz? É turismo religioso e, simultaneamente, um espaço procurado pela sua paz...
É um espaço de paz, de tranquilidade, e as pessoas procuram também muito isso. O turismo religioso traz essa tranquilidade e traz também essa ligação com a paz. Começou agora a operar um voo direto da Coreia para Lisboa. Existem cerca de 24 milhões de católicos em Seul, na Coreia, e, para nós, para Fátima, é uma grande notícia, porque as pessoas procuram muito Fátima, há uma grande fé sobre esse santuário mariano, e é um dos fatores importantíssimos para a nossa região. Este voo pode ser uma mais-valia para a própria região Centro. Claro que nós, na Agência de Promoção Externa, estamos a trabalhar este mercado, em ações conjuntas de eficiência coletiva, de candidatura ao IAPMEI, para potenciarmos estes 24 milhões de pessoas.
Quais são os mercados internacionais que nesta altura mais interessa trabalhar?
Espanha, inevitavelmente, mas é um mercado que tem vindo a ser trabalhado. A Coreia é um mercado importantíssimo por causa do turismo religioso. Há dois mercados importantes que temos trabalhado muito, e que estão em grande crescimento, aliás, que é o mercado dos Estados Unidos da América e do Canadá. O mercado norte-americano é um turismo que para a região Centro é muito importante, porque vem e fica muitos dias, portanto ajuda-nos a aumentar o número de estada média. É um turismo de quebra de sazonalidade, porque vem muito fora da época alta, e, depois, é um turismo que procura qualidade, procura cinco estrelas. Há mercados que nós, em termos de agência, também queremos desenvolver, além da Coreia e desses mercados emergentes. Estamos a tentar começar a trabalhar um mercado que é importante, que é a Polónia, que está em crescimento e tem um grande potencial.
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