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Saiu para salvar vidas e quase perdeu a sua casa

O incêndio tirou a bombeira Cátia Correia de casa. Uma hora depois, as chamas estiveram à porta e os camaradas da Pampilhosa foram os heróis

A servir o país há cerca de dez anos, num dia em que tudo parecia normal, Cátia Correia, bombeira na corporação de Albergaria-a-Velha, saiu de casa, no lugar de Rendo, acompanhada do namorado, também ele operacional, para combaterem o incêndio que consumia o município albergariense. Di­ante uma vida cheia de sonhos, Cátia Correia, de 28 anos, deixou para trás os pais e a filha de 3 anos, sem imaginar que o pior cenário se aproximava.

O fogo e meio país coberto
por um céu de fumo
Em Albergaria-a-Velha, o a­manhecer da passada segunda-
-feira virou inferno e o adormecer um lugar desconhecido. Sem tempo para raciocinar perante a tragédia que assolava o município que a viu nascer, Cátia Correia e os camaradas faziam os possíveis e os impossíveis para salvarem vidas e localidades.
No meio das chamas e da imensidão do fumo, cerca de uma hora depois de ter saído de casa, a bombeira começou a receber chamadas inesperáveis que lhe dizem: «Isto está tudo a arder». E, assim, percebeu que a sua casa e as restantes estavam em perigo. «Fiquei em pânico», reagiu a operacional, dizendo ter a sua família em casa e não existir a possibilidade «dos meios chegarem a todo o lado», uma vez que o incêndio «era de grandes dimensões».
Os pedidos de ajuda vinham de todo o lado, enquanto o incêndio cercava aldeias, inclusive a localidade de Rendo. Segundo a bombeira, «não havia condições de segurança para as pessoas saírem de casa», o que fez aumentar o seu desespero.

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