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“C la vie”, o espetáculo que celebra o encontro

Espetáculo de dança de Serge Aimé Coulibaly, conceituado coreógrafo da atualidade, está inserido na programação da Capital Portuguesa da Cultura

«“C la vie” não se trata de preencher uma lacuna, mas de irradiar a plenitude das possibilida­des de estarmos juntos como um antídoto para este mundo contemporâneo que está em espiral na sua própria destruição». É assim que a companhia Faso Danse Théâtre define a sua última produção e que estreia em Portugal, hoje, pelas 21.30 horas, no palco do Teatro Aveirense. Ainda há bilhetes disponíveis e têm o custo de 7,5 euros.
Nove intérpretes reúnem-se no palco, uma “praça pública” onde tudo pode acontecer e nada está perdido. Ao embarcar na aventura iniciática, este espetáculo convida o público a aceitar ver o mundo antigo desaparecer. «Não há iniciação que não passe pela experiência de uma instabilidade do mun­do» e nesta história não há uma longa série de provações ou um herói que deva superá-las, mas um único grande desafio: como estar juntos». No centro da jornada iniciática que é “C la vie” está o encontro… com a música, com os outros, com a realidade, com o tempo, com o planeta, com a pessoa amada… com o mundo. E, neste processo, «a vida não nos mostra o preenchimento de uma falta, mas o brilho de uma plenitude de possibilidades de estarmos juntos, como antídoto para este mundo contemporâneo que se está afundando na sua própria destruição», defende a companhia de dança.

Dança como
compromisso social
Com produção da Faso Dan­se Théâtre, este espetáculo é criado e coreografado por Ser­ge Aimé Coulibaly, assistido por Sigué Sayouba. A performance está a cargo de Jean Robert Koudogbo-Kiki, Ida Faho, Angela Rabaglio, Guilhem Chatir, Djibril Ouattara, Arsène Etaba, Bibata Maiga, Dobet Gnahoré e Yvan Talbot. Dobet Gnahoré é o cantor “de serviço”, intérprete da música criada por Yvan Talbot, “aka” Doogoo D, pa­ra este projeto.
Serge Aimé Coulibaly nasceu em Bobo-Dioulasso, no sudo­este de BurkinaFaso. Em 2002 fundou a companhia Faso Dan­se Théâtre com a ideia de revitalizar a comunidade da dança. Vê na dança um compromisso social acessível a todos, tanto a nível profissional como amador, que permitiria a qualquer pessoa desempenhar o seu papel de cidadão do mundo. Cria todas as suas peças entre África e Europa, e o seu imenso talen­to como coreógrafo e intérpre-te valeu-lhe a admiração e o pro­fundo respeito de uma infinidade de artistas e apresentadores de todo o mundo.
Em 2020, recebeu o prémio honorário do Golden Afro Artistic Awards.
Com “C la vie”, Serge Aimé Coulibaly insere-se numa longa tradição e cria uma nova histó­ria iniciática contemporânea destinada a pensar a vida e a nossa forma de estar no mun­do contemporâneo.

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