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Capela de Nossa Senhora das Febres ficou sem a sua cruz cimeira

Vento fez com que os ramos derrubassem a cruz, assim como algumas telhas. Espaço foi vedado para a árvore ser podada e mantém-se a necessidade de uma obra requalificadora deste templo
O impacto dos ramos de uma árvore vizinha, impelidos pelo vento, derrubou, no final da tarde da passada quarta-feira, a cruz cimeira da Capela de Nossa Senhora das Febres, no Bairro da Beira Mar, em Aveiro, que, há dias, foi o centro das festas anuais. Pároco da Vera Cruz, o padre João Alves acrescentou ao Diário de Aveiro que também foram derrubadas umas telhas e salientou que a Proteção Civil foi informada, tendo vedado a área em redor do templo, até que a referida árvore seja devidamente podada. Célia Santos, da comissão de festas, informou o nosso jornal que a queda da cruz danificou um dos quadros, com a imagem de Nossa Senhora das Febres, que lhes tinha sido doado e que estava em exposição no exterior. «É um perigo!», sentenciou, avisando que o templo não é de fiar em termos de condições de segurança. Com as festividades terminadas e a comissão em trabalhos de balanço da edição des­te ano, põe-se a questão de saber se a equipa está na disposição de se manter ao leme desta organização. Célia Santos falou em «incógnita», enfatizando que, pessoalmente, não se sente segura para, sem uma intervenção requalificadora no edifício, avançar para o trabalho de levar a cabo a edição de 2025. Considerou, ainda, em declarações ao nosso jornal, que o tem­po ur­ge e que a paróquia e a Câmara Municipal de Aveiro «têm de encontrar uma solução para este problema». Esta capela está, reconhecidamente, a precisar de obras de reabilitação, tendo o sacerdote informado, no passado domingo, que será feita «uma avaliação estrutural» do edifício, ou seja, o primeiro passo de um processo para a ativação de uma intervenção reparadora, que não prevê que possa ser feita no curto prazo. O padre João Alves vincou, então, que a paróquia tem «uma equipa» dotada do apoio técnico necessário, por parte de um arquiteto e de um engenheiro civil, para determinar que obras são, de facto, necessárias. No final da missa campal da festividade anual, o pároco da Vera Cruz tinha informado que até já tem «orçamentos» para alguns tipos de obra, mas não falou, ainda, na verba total exigível para requalificar a capela. Sobre uma alegada disponibilidade da Câmara Municipal de Aveiro para apoiar financeiramente este projeto, o sacerdote aventou a possibilidade de enquadrar esse apoio «nos programas extraordinários» destinados às paróquias do concelho aveirense que foram lançados pelo governo local. Aos fiéis presentes, e após ter sublinhado que ainda «não há dinheiro» para estas obras, tinha enfatizado que a comunidade será, também, chamada a colaborar. O padre João Alves salientou, ainda, ao Diário de Aveiro, que a capela tem sido usada para funerais e para celebrações ocasionais.

Câmara Municipal de Aveiro disponível para ajudar

O presidente da Câmara Municipal de Aveiro (CMA) diz-se «disponível» para «apoiar o investimento na requalificação da Capela de Nossa Senhora das Febres, desde que essa seja a opção da Paróquia da Vera Cruz». Ribau Esteves admitiu ao nosso jornal essa recetividade, que, como sublinhou, será uma repetição de casos similares. Recordou que, na Vera Cruz, a CMA apoiou as intervenções realizadas na igreja matriz, na Igreja do Senhor das Barrocas, com «uma empreitada municipal», que foi o maior investimento, e na Capela de São Gonçalinho.

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