No país estranho que é Portugal já nada me surpreende, ainda que lamente a irracionalidade dominante na combinação da política com os meios de comunicação, e o caso do debate em curso sobre o Orçamento do Estado (OE) para 2025 aí está para o ilustrar. No passado, ano após ano, o OE era primeiro apresentado solenemente pelo Governo ao Presidente da Assembleia da República (AR), depois era distribuído pelos diferentes partidos e, finalmente, conhecidas as propostas governamentais, iniciava-se o debate no Parlamento e na comunicação social.