Combate à falta de coesão do território e transposição do município da Mealhada para o distrito de Coimbra foram alguns dos apelos de Nuno Salgado, juiz conselheiro do Supremo Tribunal Administrativo, jubilado, e autor da obra “50 anos do Poder Local em Portugal: Município de Mealhada - sua criação, reforma e integração futura”, apresentada esta semana na biblioteca municipal.
«Que se faça desta data o grande marco histórico do combate à falta de coesão do território que nos foi imposta neste concelho, na distribuição territorial dos lugares de Sargento-Mor, Santa Luzia e de Adões e que se consubstancia no facto de esses lugares urbanos se encontrarem localizados, parte dos três na freguesia de Barcouço, do município da Mealhada, e a restante dos dois primeiros na freguesia de Souselas, e do terceiro, na freguesia de Trouxemil, ambos no distrito de Coimbra», referiu Nuno Salgado, recordando o que designou de «lei Relvas, “feita a régua e esquadro”», que, em 2012, «desferiu outro ataque à coesão com a “Reorganização Administrativa Territorial Autárquica”, onde além de não se conseguir resolver o problema, ainda demonstramos (no livro) ser ilegal».