Merecia melhor espectáculo, este “derby” entre Gafanha e Anadia, na abertura da Taça de Portugal, considerada a prova rainha do futebol nacional. Ao contrário do que se esperava, e daquilo que ambas apresentaram no fim-de-semana anterior, em jogo a contar para o campeonato, as equipas disputaram uma partida pobre, decepcionante e quezilenta que obrigou Augusto Costa a mostrar nove cartões amarelos e um vermelho. A formação orientada por Nuno Pedro, que há oito dias havia perdido o “derby” (1-2), começou melhor, mais atrevida e só a inspiração de Muller impediu que chegasse ao intervalo na frente do marcador.
E mesmo depois do 1-1 na segunda parte, a pobreza do jogo continuou no prolongamento. Dir-se-ia, sem favor, que os golos, os cartões amarelos e um vermelho, bem como os protestos dos jogadores e do público deram vida à partida. No resto, no futebol que os adeptos pagam para ver, nem sinal e a decisão da eliminatória foi encontrada nas grandes penalidades (6-5) a favor a equipa da Gafanha da Nazaré.