“Nunca houve escassez de sardinha”, diz Miguel Lé

Apesar de ainda ser cedo para um balanço, a pesca da sardinha está a decorrer de forma idêntica ao ano passado, mas «os preços estão mais agradáveis», quer para o consumidor, quer para a comunidade piscatória, afirma o presidente do Centro Litoral OP (Organização de Produtores). Com um limite diário de captura de 166 cabazes por embarcação, António Miguel Lé assegura que, devido à abundância da sardinha, a dificuldade «é tentar prolongar no tempo a actividade», ou seja, «gerir a safra», com as limitações do sector. Aquele responsável assegura que «nunca houve escassez de sardinha» e que o grande problema foi a imposição de quotas ter sido feita «por desconhecimento de quem em nada abona a economia em Portugal em tempo de crise». Clarificando, António Miguel Lé diz que havia «grandes interesses da ministra anterior, que levaram a esta atitude, por desconhecimento absoluto da pasta que tutelava». Depois de conhecidos os resultados dos estudos efectuados e «após a avaliação de recursos» da Direcção Geral de Recursos Marítimos, verificou-se que «nada do que era anunciado era verdade e que o stock está muito melhor do que aquilo que andavam a apregoar». Ou seja, acrescenta, «indica um número que permite que a pesca desenvolva a actividade sem pôr em causa a manutenção dos recursos de sardinha».