«Quem quiser pode vir para aqui esfregar», desafiou Isabel Batista. Saia comprida já molhada, lenço na cabeça e avental colocado, os pés na água do Mondego a amenizar uma tarde tórrida, batia com a roupa na pedra, esfregava e voltava a passar no rio que corre limpo na praia fluvial de Palheiros e Zorro.
A presidente do Rancho Folclórico Rosas do Mondego, que tantas vezes ajudou a mãe na tarefa de lavar a roupa, vestiu ontem a pele de lavadeira do Mondego e recordou esses tempos. Ela e outras, de diferentes gerações, lavadeiras ou filhas de lavadeiras, já que era essa a principal ocupação das mulheres de Palheiros, Carvalhosas, Vale de Canas, Torres, Misarela, Casal e outras aldeias ali à volta: «lavar roupa para as casas das senhoras da cidade, de Inverno ou Verão».
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