A “febre” dos bancos de livros escolares já não é bem o que era, com pontos de recolha a desaparecerem e as famílias a perderem alguma da expectativa positiva que começou por alimentar este espírito de reutilização, nos seus tempos áureos, há cerca de quatro anos. Na época, acreditava-se que era possível convencer alunos e pais a trocarem de livros escolares e com isso conseguir poupanças significativas e promover a reutilização. Uma mudança de mentalidades que até foi sendo conseguida, com bancos a surgirem por todos os cantos. Escolas, ATL’s, ginásios, restaurantes, fábricas, autarquias, bombeiros... não era preciso muito para se dar início a um banco de livros e desafiar amigos, colaboradores e clientes a entregarem o que têm e procurarem o que precisam. Mas a “febre” da reutilização esfriou e este ano a realidade é mais “contida”. Aveiro é disso exemplo, com alguns bancos a “fecharem portas” e outros a admitirem que o seu funcionamento já não é o que era.
O espaço Fusion Cowork ou mesmo a Casa do Bombeiro (Bombeiros Velhos de Aveiro) são exemplos de bancos que já viveram grandes dinâmicas mas optaram por encerrar o projecto, alegando uma pesada logística difícil de manter, mas também uma crescente dificuldade em satisfazer os pedidos das famílias, confrontadas todos os anos com alterações às metas curriculares e à inevitável inutilização dos manuais.
Ainda assim, há quem resista e não desista de ajudar as famílias a pouparem e a serem mais amigas do ambiente.
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