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Ílhavo vive a “agonia” da pesca do bacalhau


Texto Lusa/Foto Ricardo Carvalhal Domingo, 31 de Julho de 2016
Durante séculos, a economia do concelho de Ílhavo gravitou em torno das épicas viagens aos mares gelados da Gronelândia e Terra Nova e das “caldeiradas” de rendimento a distribuir quando os navios regressavam à barra de Aveiro, com os porões carregados de peixe. “A cidade de Ílhavo monopolizava a pesca do bacalhau. As classes dirigentes, tanto na oficialidade, capitães e imediatos, como nas mestranças, era tudo de Ílhavo, incluindo contramestres, cozinheiros e motoristas”, recorda Valdemar Aveiro, autor de várias obras publicadas sobre a pesca do bacalhau, que viveu intensamente a bordo como tripulante, onde desempenhou várias funções, desde moço-pescador a capitão, e hoje integra a administração de uma das empresas de pesca. Percorrendo as ruas da cidade de Ílhavo, a arquitectura ainda hoje testemunha em terra a abastança dessa classe dirigente náutica que Valdemar Aveiro refere. A Gafanha da Nazaré, mais terra de pescadores e hoje igualmente cidade, assistiu no século XX ao crescimento de secas, armazéns, oficinas e estaleiros, primeiro, depois de câmaras frigoríficas e unidades industriais de transformação de pescado. “Ílhavo era uma terra essencialmente marítima focada na pesca do bacalhau. Era uma cidade muito alegre e cheia de vida e hoje não tem nada. Começaram com o abate dos navios e hoje é uma cidade fantasma e na Gafanha está tudo a falir”, diz o capitão Valdemar Aveiro.
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