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Nice/Atentado: Não foi estabelecida relação entre autor e "redes terroristas" nesta fase


Segunda, 18 de Julho de 2016
O ministro do Interior de França disse hoje que “não foram estabelecidas pela investigação nesta fase” relações entre o homem que matou 84 pessoas em Nice e “as redes terroristas”, incluindo o Estado Islâmico, que reivindicou o ataque. “O modo operacional toma emprestado completamente o que são as mensagens do Daesch [Estado Islâmico]", disse, no entanto, Bernard Cazeneuve à rádio RTL. “Não podemos excluir que um indivíduo desequilibrado e muito violento” se tenha, “através de uma rápida radicalização, comprometido com este crime absolutamente horrendo”, acrescentou. Na quinta-feira à noite, um camião avançou durante dois quilómetros sobre uma multidão na Promenade des Anglais (Passeio dos Ingleses), em Nice, que estava a assistir ao fogo-de-artifício para celebrar o dia de França. Uma das pessoas detidas no âmbito da investigação do atentado foi libertada no domingo à noite, informa hoje a imprensa francesa, e seis pessoas continuam detidas. O diário Nice Matin assinala que três dessas pessoas foram transferidas para Levallois-Perret, nos arredores de Paris, para serem interrogadas na Direcção Geral de Segurança Interior (DGSI). "Vamos interrogar todos os que estiveram em contacto com o autor do ataque (Mohamed Lahouaiej) Bouhlel, para estabelecer a sua rede de relações", informou um investigador citado na edição online do diário. No domingo também foi libertada a ex-mulher do autor do ataque, com quem teve três filhos. O casal estava separado há alguns anos, depois de a ex-mulher o ter denunciado por violência. O último balanço das autoridades francesas aponta para 84 mortos e 202 feridos. Pelo menos um cidadão português ficou ferido no ataque, confirmou o Governo. O condutor do camião foi abatido pela polícia. As autoridades francesas consideraram estar-se perante um atentado e o Presidente da França, François Hollande, anunciou o prolongamento por mais três meses do estado de emergência que vigora no país desde o ano passado. O grupo extremista Estado Islâmico reclamou a autoria do atentado.

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