“Big Smile”, a peça vencedora da edição deste ano da Bienal Internacional de Cerâmica Artística de Aveiro, nasceu “depois de um longo e escuro Inverno”. “Estava desejosa de luz e de sol e queria criar algo repleto de felicidade e energia”, conta a autora ao Diário de Aveiro. A holandesa Ellen van der Woude, de 60 anos, foi advogada antes de ser artista e em entrevista explica como a arte se tornou na sua profissão. “A vida é curta e temos de a viver ao máximo, de seguir o nosso coração e a nossa paixão”, diz.
Diário de Aveiro: Ganhou a Bienal Internacional de Aveiro. O que significou para si?
Ellen van der Woude: Como pode imaginar, sinto-me muito honrada por ter sido premiada com o primeiro prémio pelo meu trabalho “Big Smile”. A qualidade dos trabalhos seleciconados para a Bienal era excelente e com uma grande variedade, o que fez com que receber o primeiro prémio fosse ainda mais especial. É um prazer ver o meu trabalho tão bem exibido naquele sítio tão bonito, muito diferente do estúdio poeirento onde habitualmente está. Eu sou muito perfeccionista no que diz respeito ao meu trabalho – acho que a maioria dos artistas é assim – e penso sempre que há lugar para melhorar. Trabalhar sozinha no meu estúdio durante horas, praticamente todos os dias, faz com que facilmente me perca nesta busca pela perfeição. Por isso é muito estimulante receber este reconhecimento, que é a confirmação de que estou a fazer bem as coisas. É muito motivador e dá-me uma nova energia para continuar a fazer aquilo de que mais gosto: esculturas em cerâmica, a melhor maneira de me exprimir.