Joaquim Sande Silva, um dos peritos que integrou a Comissão Técnica Independente sobre o incêndio de 17 de Junho de 2017 em Pedrógão Grande, admitiu, na segunda-feira, no Tribunal de Leiria, que o cumprimento da limpeza das faixas de combustíveis faria pouca diferença no controlo daquele incêndio florestal que consumiu milhares de hectares de floresta, destruiu várias empresas e provocou 63 mortes e 44 feridos.
O perito, docente no Instituto Politécnico de Coimbra e doutorado em Engenharia Florestal, interrogado durante mais de duas horas pela Procuradora da República, pelo colectivo de juízes e por advogados de defesa dos arguidos, afirmou que a limpeza de dez metros nas faixas de gestão de combustível, “em condições normais, e este fogo não foi normal, foi um fogo de superfície, pode ter algum efeito para travar um eventual incêndio”.