A histórias em torno da ânfora com tesouro encontrada por um lavrador em 1843 no Monte Crasto, em Romariz, serviram de mote para encenação “As Origens da Civilidade - Santa Maria da Feira Lugar do Tempo”, que a companhia feirense Décadas de Sonho apresenta nos dias 18 e 19 deste mês através de seis visitas encenadas àquela que é uma das estações arqueológicas mais expressivas da região de Entre Douro e Vouga.
Este achado arqueológico surge documentado em publicações sobre a história local e em estudos científicos e académicos, tendo motivado as primeiras explorações do castro, entre 1940 e 1946, pelo pároco local, padre Manuel Fernandes dos Santos, sob a orientação de Alberto Souto, então director do Museu de Aveiro, que, com o apoio do município da Feira, puseram a descoberto uma parte considerável das estruturas actualmente visíveis. Também com o patrocínio da autarquia, os trabalhos arqueológicos no povoado foram retomados em 1980, dirigidos por Armando Coelho e Rui Centeno, docentes da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.