Na redacção do jornal só se ouvia o bater das teclas quando de repente o director sai do gabinete a gritar: “Liguem a televisão, há um atentado às torres gémeas, em Nova Iorque”. Alguém agarrou de imediato no comando e ligou a televisão. E todos vimos em directo a explosão da primeira torre e o embate do segundo avião. Ninguém falou durante largos minutos. Era a morte em directo, como se estivéssemos lá, ao lado daqueles que gritavam, daqueles que tentavam fugir, daqueles que corriam indiferentes ao risco para saber de familiares e amigos, daqueles que, procurando fugir ao inevitável, se atiravam por entre as chamas e os destroços.