A instalação de câmaras de videovigilância não faz parte dos planos da Câmara de Aveiro, sendo que, na área do Comando de Aveiro da PSP, são apenas duas as autarquias interessadas nestes sistemas aplicados em espaços públicos. Designadamente, na prevenção e combate à criminalidade nos meios urbanos. Nesse sentido, as autarquias de Espinho e S. João da Madeira já requereram ao Ministério da Administração Interna a instalação daqueles sistemas.
No caso de Aveiro, Ribau Esteves não pretende dar esse passo tendo em conta o seu efeito prático. É que, conforme disse ao Diário de Aveiro, em caso da prática de um crime registado pela videovigilância, as gravações “não servem de prova”, considerando o seu uso “uma questão psicológica”. Além disso, o autarca aponta para a fragilidade do sistema. “Estraga-se com uma “pedrada”, conforme disse ao Diário de Aveiro.
O assunto ganhou maior relevo em Aveiro, recentemente, com as inscrições feitas nas paredes da capela de S. Gonçalinho, na estátua em frente à porta principal e nas ruas adjacentes, registando algumas intervenções públicas que se referiam à necessidade de videovigilância em alguns pontos da cidade, devido ao que aconteceu naquele ponto do Bairro da Beira Mar.
Há uma década, era outro o entendimento em Aveiro sobre o assunto por parte de um vereador da maioria PSD-CDS. Miguel Fernandes defendeu a instalação do sistema nos mercados, Av. Dr. Lourenço Peixinho, Praça do Peixe e Rossio, controlando a actividade dos arrumadores. O objectivo era “dissuadir o vandalismo e controlar o tráfego”, considerando ser um “sistema complementar” de segurança na cidade e de prevenção da criminalidade. O vereador dizia que o equipamento não seria dispendioso, assumindo a Câmara a despesa com a aquisição do material. Contudo, o processo não chegou a avançar.