Há 52 anos Stanislav Kryvonosyuk nasceu na cidade de Vladikavkaz, a capital da Ossétia do Norte. Após ter concluído o 10.º ano, em 1987, candidatou-se para a tropa na Geórgia, capital de Tbilisi.
«Andei 20 meses na tropa e durante meio ano, andei a tirar o curso de RádioTelegrafista na Escola de Recruta», conta-nos o cidadão russo que, entretanto, se tornou cidadão português. Mas já lá vamos. Antes desta naturalização há um percurso que Stanislav percorreu e que também passou pela Ucrânia. «Em 1989 quando saí da tropa casei-me, fui viver para a Ucrânia, onde trabalhei numa fábrica de tractores até 1991. Nesse ano, a União Soviética foi destruída e a Ucrânia recebeu independência e as fábricas ficaram fechadas, não puderam importar peças de outros países e perdi esse emprego», recorda. Mais tarde, acabou por encontrar um trabalho num restaurante onde foi churrasqueiro. «Passado algum tempo “cresci” no restaurante e deram-me lugar como empregado de balcão». Contudo, e tal como nos contou, o casal debatia-se com alguns problemas financeiros e era preciso encontrar soluções. «Nós tínhamos problemas financeiros e começámos a procurar soluções noutro país. Eu escolhi Portugal. Vim sozinho, como turista para encontrar um emprego, e arranjei um como servente nas obras. Depois de um tempo, gostei de viver e trabalhar e, por esses motivos, chamei a minha esposa e o meu filho de 5 anos para virem para Portugal», afirma.